"As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração."

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Quem somos

É triste perceber como a frivolidade tomou conta das relações, sejam elas afetivas ou profissionais. Fala-se o que se deve, não o que sente. Mostra-se o que é mais útil, não o que revela mais os esconderijos bonitos de toda alma.
E não revelamos sequer a nós mesmos quem somos, ou, pior, temos preguiça de procurar em nós quem somos. E por isso não somos. Não por uma decisão de Deus, mas por uma teimosia humana em aparentar apenas o que agrada. Que necessidade é essa de agradar o tempo todo?
As comédias revestem-se de grandeza quando revelam no riso e na dor as quimeras da humanidade. Rimos porque vemos quanto somos gente, e não semideuses. Quanto somos povo, e não príncipes e princesas de contos imaginários. Não há perfeição, meu amigo. Há manias, idiossincrasias, bobagens que colecionamos, mas que fazem parte de nós. Fomos construindo paulatinamente e chegamos até aqui. Até aqui, onde? Sem essa pergunta, mesmo que sem resposta, como prosseguir?

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Faça valer a pena

Seria tão diferente se as coisas que gostamos não terminassem de repente; e se os momentos da vida durassem para sempre; se cada sorriso no rosto fosse pleno e quando chorássemos fosse só alegria; se cada abraço fraterno fosse imortalizado e cada conversa fosse gravada minuciosamente; se as amizades fossem multiplicadas e os desentendimentos esquecidos no próximo segundo, se os amores de nossas vidas fossem eternos e se nossos irmãos nunca partissem. Mas a vida é diferente e deve ser vivida plenamente. 
Cada dia é uma historia; cada passo uma conquista e cada pedra no caminho é uma forma de amadurecimento. 
E, mesmo que o tempo passe, e que as coisas mudem, é olhando para trás que nos damos conta que simplesmente vivemos !!!!
FAÇA VALER A PENA!!!


sábado, 28 de agosto de 2010

Uma pequena e grande oração





Pai,
Antes de pedir, quero agradecer-lhe pela vida e por tudo de divino que nela tem.


Peço-lhe que coloque as mãos sob minha cabeça, e abençôe-me;
Peço-lhe que Jesus me dê as mãos e caminhe comigo para me proteger e me dar os sinais de caminhos que devo seguir;
Peço-lhe que o Espírito Santo me inunde com sua luz divina, que essa luz entranhe em mim trazendo saúde, paz e entusiasmo para viver.
Pai, esteja à minha frente para me iluminar, esteja atrás para me proteger e esteja ao meu lado para me amparar! Amém! 

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Milagre da vida


As vezes ouço passar o vento;
e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.
Só de respirar, e sentir o ar entrar vale a pena ter nascido.
Só de ter um corpo, que sinto, que movimento, vale a pena ter nascido.
Nascer aqui é tornar concreto o toque, o vento, o infinito e o silêncio.
Nascer aqui é ser mundano tendo espírito.
É usar o espírito para sentir com o corpo.
É usar o corpo para fazer amor.
E é usar a alma para amar além do espírito.
De estar aqui, e que vai além, além de onde não sabemos, mas sentimos existir.
É ter no ventre uma vida, e ver que da vida nasce a vida.
Mas que tudo isso aí tem uma única explicação,
que é de um milagre que se começa então ....

Silmara Cardoso Trindande

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Vida de meias porções



Um texto muito interessante de Danuza Leão, que retrata bem nossas algemas e os rótulos que a sociedade impõe.


Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir sorvete de sobremesa,contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido.
Uma só.
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').

Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta./

Tem vontade de ficar em casa vendo um dvd, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar./

E por aí vai.

Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...

Às vezes dá vontade de fazer tudo “errado”.
Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.

Um dia a gente cria juízo.
Um dia...
Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate...
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago.

Danuza Leão

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Esperar - Necessidade vital


Na livraria, local onde me sinto no paraíso, ao pagar a conta de um papel de seda para embrulhar um presente para uma amiga recebi um pequeno resumo do livro" carta entre amigos" do Padre Fábio de Melo e Gabriel Chalita.
Me apaixonei...

Um trecho que amei:

"Esperamos como necessidade vital. Esperamos o amanhecer. Esperamos o entardecer. Esperamos a demorada cicatrização da incômoda ferida. Esperamos um amor. Esperamos compreensão. Compreensão apenas, amigo. Guimarães Rosa dizia que ‘esperar é reconhecer-se incompleto’ ”
É na consciência de nossa incompletude que a espera ganha mais significado. O futuro existe.
Esperamos uma humanidade mais evoluída em que os direitos mínimos dos humano, sejam respeitados. Uma humanidade fraterna."

"Chalita e padre Fábio resgatam na sabedoria mais que milenar da literatura das reflexões confortantes que aliviam a aparente desesperança de viver no século XXI. Assim, pensam eles, "perder" tempo com a beleza de um poema ou com a simplicidade maravilhosa do por do sol é um ganho incomensurável, ainda que não possa haver qualquer maneira de mensurá-lo materialmente."


sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Silenciar


O Silêncio muitas vezes é uma atitude de nobreza....


“Silenciar sobre os defeitos dos outros é caridade
Silênciar sobre sua própria pessoa é humildade.
Silenciar diante do sofrimento alheio é covardia.
Silenciar quando o outro está falando é delicadeza.
Silenciar quando o outro espera uma palavra é omissão.
Silenciar quando não há necessidade de falar é prudência”.

De acordo com Carlos Drumond de Andrade, antes do nascer da palavra há sempre um sabor de silêncio que precisa ser sorvido.

Padre Fábio afirma: A boa palavra se alimenta de silêncios e pausas.
"Não gosto de respostas apressadas. Tenho medo de dizer, sem dizer, afinal, que o que há de mais precioso nesta vida costuma ser vivido e experimentado a paritr do silêncio frutuoso...


“Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam."